O tabaco é uma planta cujo nome científico é Nicotina tabacos, da qual é extraída uma substância chamada nicotina. O seu uso surgiu aproximadamente no ano 1000 A .C., nas sociedades indígenas da América Central, em rituais mágico-religiosos com objectivo de purificar, contemplar, proteger e fortalecer os ímpetos guerreiros, além de acreditar que a mesma tinha o poder de predizer o futuro.
O consumo de tabaco é, nos dias de hoje, a principal causa de doença e de mortes, podendo ser evitável através da modificação do comportamento individual. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), anualmente cerca de 4,9 milhões de pessoas morrem, em todo o mundo, em resultado do tabagismo. Se a epidemia não for travada, a mesma organização estima que, em 2020/30, esse número chegará aos 10 milhões de pessoas por ano.
Uma vez iniciado o consumo do tabaco, rapidamente se transforma em dependência (física e psíquica), provocada por uma droga psicoactiva - a nicotina – presente na folha do tabaco.
A nicotina, um dos principais componentes do tabaco, é um estimulante potente. Alguns segundos após a inalação do fumo, a nicotina alcança o cérebro e estimula a produção de adrenalina. A libertação desta substância, produz um aumento do ritmo cardíaco e da pressão arterial. A dependência causada pela nicotina é equivalente à da heroína ou da cocaína.
O fumo produzido pelo consumo do tabaco contém mais de quatro mil compostos químicos com efeitos tóxicos e irritantes, dos quais mais de 40 são reconhecidos como cancerígenos.
O tabagismo não é factor de risco apenas para o próprio fumador, mas também para aqueles que, não sendo fumadores, se encontram frequentemente expostos ao fumo passivo. Dados recolhidos em 1992, pela Comissão Europeia, revelaram que 29 por cento dos fumadores portugueses nunca se abstêm de fumar em presença de não-fumadores.
Estudos epidemiológicos confirmam a associação entre o tabagismo e um terço de todos os casos de cancro, 90 por cento dos casos de cancro do pulmão, cancro do aparelho respiratório superior (lábio, língua, boca, faringe e laringe), cancro da bexiga, rim, colo do útero, esófago, estômago e pâncreas, doenças do aparelho circulatório, dos quais a doença isquémica cardíaca (25 por cento), bronquite crónica (75-80 por cento), enfisema e agravamento da asma, irritação ocular e das vias áreas superiores. Pode-se ainda destacar as náuseas, dores abdominais, diarreia, vómitos, cefaleias, tonturas e fraqueza.
Relativamente aos fumadores não são os únicos expostos ao fumo do cigarro pois os não-fumadores também são agredidos por ele, tornando-se fumadores passivos. Os poluentes do cigarro dispersam-se pelo ambiente, fazendo com que os não-fumadores próximos ou distantes dos fumadores, inalem também as substâncias tóxicas.
O hábito de fumar é muito frequente nos adolescentes devido à associação do cigarro a um alcançar de uma vida adulta. Ainda de constatar que os meios de comunicação são um dos factores influentes na estimulação do uso do cigarro. Por outro lado, os programas de controlo do tabagismo têm recebido um destaque cada vez maior em diversos países, ganhando apoio de grande parte da população.
Estima-se que fumar reduz a esperança média de vida em cerca de dez anos fazendo com que a única maneira possível de proteger a saúde e aumentar a esperança de vida, é deixar de fumar, não sendo fácil fazê-lo. Deixar de fumar completamente de um dia para o outro, é o método mais difícil, mas o mais eficaz, apesar de 90% das pessoas que deixaram de fumar, o voltarem a fazer, 70 em cada 100 que fracassaram à primeira tentativa, conseguem mais tarde.
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