quarta-feira, 30 de março de 2011

O Ecstasy

O Ecstasy é uma substância fortemente psicoactiva, farmacologicamente denominada de 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA). Esta substância foi sintetizada pela primeira vez na Alemanha, por o laboratório farmacêutico Merck, em 1914, com a finalidade de ser usada como uma supressora do apetite, mas nunca foi usado com essa finalidade.
É, geralmente, consumido por via oral, embora possa também ser injectado ou inalado, actuando mediante o aumento da produção e diminuição da reabsorção da serotonina, ao nível do cérebro. A serotonina parece afectar a disposição, o apetite e o sistema que regula a temperatura corporal.
Os primeiros efeitos surgem após 20-70 minutos, alcançando a fase de estabilização em 2 horas. Diz-se que o MDMA pode combinar os efeitos da cannabis (aumento da sensibilidade sensorial e auditiva), os das anfetaminas (excitação e agitação) e ainda com os do álcool (desinibição e sociabilidade).

O Ecstasy pode provocar uma sensação de intimidade e de proximidade com outras pessoas, aumento da percepção de sensualidade, aumento da capacidade comunicativa, euforia, despreocupação, autoconfiança, expansão da perspectiva mental, incremento da consciência das emoções, diminuição da agressividade ou perda da noção de espaço.
A nível físico pode ocorrer contracção dos músculos da mandíbula, taquicardia, aumento da pressão sanguínea, secura da boca, diminuição do apetite, dilatação das pupilas, dificuldade em caminhar, reflexos exaltados, vontade de urinar, tremores, transpiração, cãibras ou dores musculares.
Os efeitos desaparecem 4 a 6 horas após o consumo. Podem ocorrer algumas consequências residuais nas 40 horas posteriores ao consumo.
A longo prazo, o ecstasy pode provocar cansaço, esgotamento, sonolência, deterioração da personalidade, depressão, ansiedade, ataques de pânico, má disposição, letargia, psicose, dificuldade de concentração, irritação ou insónia. Estas consequências podem ainda ser acompanhadas de arritmias, morte súbita por colapso cardiovascular, acidente cérebro-vascular, hipertermia, hepatotoxicidade ou insuficiência renal aguda.
O desenvolvimento de tolerância pode ser favorecido pelo uso contínuo do ecstasy. A dependência psicológica pode verificar-se mas não existem dados conclusivos relativamente à dependência física.

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